domingo, 5 de março de 2017

Primeiras aulas 1ºs anos Érico

PRIMEIRA AULA DE HISTÓRIA 2017 ÉRICO VERÍSSIMO
110-114-111
112-113
Bom dia!


Trem Bala (Ana Vilela)

Não é sobre ter
Todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar
Alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar
Mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida
Que cai sobre nós

É saber se sentir infinito
Num universo tão vasto e bonito
É saber sonhar
E, então, fazer valer a pena cada verso
Daquele poema sobre acreditar

Não é sobre chegar no topo do mundo
E saber que venceu
É sobre escalar e sentir
Que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo
Em todas as situações

A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso, eu prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe
Pra perto de mim

Não é sobre tudo que o seu dinheiro
É capaz de comprar
E sim sobre cada momento
Sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr
Contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera
A vida já ficou pra trás

Segura teu filho no colo
Sorria e abraça Seus pais
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir

Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Segura teu filho no colo
Sorria e abraça teus pais
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir.




Sou professor de História Evando (apresentação cursos técnicos, licenciatura, pós, etc.);
Um pequeno parênteses antes de falar da nossa disciplina que faz parte da Área de Humanas (humanidades).
Os cientistas (astrônomos) estimam que o número de estrelas no Universo é da ordem de 70 sextilhões (10^22). E as estimativas indicam que há cerca de 100 bilhões (10^11) de galáxias[1] e mais, 100 bilhões de planetas por aí e isso tudo só na nossa galáxia, a Via Láctea[2].
A Idade da Terra é de 4.540 milhões de anos[3] surgimento das primeiras bactérias e algas, além de microrganismos ocorreu há cerca de 3 bilhões e 500 milhões de anos[4], e os nossos amiguinhos dinossauros[5] surgiram apenas 231 milhões de anos, em meados do período Triássico[6] e extinguiram-se à aproximadamente 66 milhões.
Um outro grupo de cientistas  acaba de estimar quantas espécies existem na Terra, o total chegaria a 8,7 milhões[7] deixando uma margem de pelo menos 70 por cento ainda por descobrir em nosso planeta pois destes 6.5 seriam terrestres e o restante marinho.
Em relação à nossa espécie do homo sapiens sapiens é tudo mais recente. A espécie de primata com características mais próximas das da espécie humana de que se tem notícia é a do Ramapithecus, que existiu há 13 milhões de anos. Foi sucedida pelo Australopithecus (cerca de 4 milhões de anos atrás), contemporâneo do Homo habilis, surgido há aproximadamente 2,3 milhões de anos[8] e O Homo sapiens, surgido entre 400 mil e 100 mil anos atrás (compare com o tempo de existência dos dinos).
Aprendemos a plantar e colher apenas uns 10 mil anos atrás e nos alfabetizamos somente a uns 6 mil anos (escrita).
Isso foi um longo parênteses.
Após essa explanação falemos sobre a nossa “matéria”: para que serve afinal estudar História?
Quem são esses seres os Historiadores[9] (arqueólogos, antropólogos, numismólogos, paleontólogo, paleógrafo, grafólogos, etc...)?
Servem para fazer filme do Indiana Jones[10]?
Anos  estudando conceitos (termos) próprios de nossa disciplina e das ciências humanas com quê objetivo?
Cada área do conhecimento (técnico) tem seu próprio vocabulário, palavras técnicas diríamos. Mais que entender e estudar datas e fatos, vamos buscar o conhecimento e a sabedoria das palavras (não é aula de português).
Então vamos a nossa apresentação:
1-               O que é HISTÓRIA (origem da palavra, da ciência, dos métodos, dos objetivos)?
2-               O que é TEMPO? Muito importante para quem vai falar do que passou e do que está acontecendo (cronológico, Histórico[11], contagem do tempo).
3-               Quais são as PISTAS que o pesquisador usa para produzir conhecimento histórico?
4-               Quem faz HISTÓRIA? Quem são os agentes históricos;
5-               Existe conhecimento (histórico) neutro ou imparcial?
6-               De onde viemos e para onde vamos (espécie e todos os demais seres vivos). EXTINÇÃO????
7-               O que vamos estudar esse ano? (Apresentação do conteúdo definido);
8-               Como vamos estudar/trabalhar esse ano? (textos, imagens, vídeos, filmes[12], pesquisas, apresentações, provas, maquetes, teatros.)
9-               Como seremos avaliados? (sim vocês podem, conseguem... reprovar nessa matéria – conceitos... CSA, CPA e CRA).
Historiador é um profissional, com bacharelado em curso de História que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimento histórico. Assim podemos aceitar que HISTÓRIA é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo (sociedades) a história analisa os processos históricos, personagens, fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou uma civilização.
Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para entender o processo de formação. Entender o passado é importante para a compreensão do presente.
O pai da história e o homem considerado o primeiro historiador foi Heródoto (séc. V a.C.) grego que foi pioneiro na investigação do passado para produzir conhecimento histórico.
História[13] não se faz decorando datas e nomes. Isso é um exercício de memoria é uma pequena parte do que a ciência pode oferecer, mais importante do que saber quando o fato ocorreu é conseguir relacionar o porque o fato ocorre e perceber que transformações são resultantes daquele fato. Conforme Tiago Menta “ A História não é o estudo do passado pelo passado, é necessário ir ao passado para a compreensão e todos os questionamento do tempo presente[14]”.
História[15] envolve diferentes formas de pensar e produzir o conhecimento, logo, existem diferentes métodos de pesquisa, diferentes objetivos e correntes de pensamento na História.
Mas cuidado são pensamentos e formas de expressão distintas que não implicam necessariamente em dizer que uma é mais correta que outra ou que uma é falsa e outra verdadeira. Devemos ser críticos mas, manter nossa mente aberta.

As concepções formais da História[16]

Em sua evolução, a História se apresentou pelo menos de quatro formas. Do simples registro à análise científica houve um longo processo. São elas:
História Narrativa - O narrador contenta-se em apresentar os acontecimentos sem preocupações com as causas, os resultados ou a própria veracidade. Também não emprega qualquer processo metodológico.
História Pragmática - Expõe os acontecimentos com visível preocupação didática (ver: Didática da história). O historiador quer mudar os costumes políticos, corrigir os contemporâneos e o caminho que utiliza é o de mostrar os erros do passado. Os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero ("A História é a mestra da vida") representam esta concepção.
História Científica - Agora há uma preocupação com a verdade, com o método, com a análise crítica de causas e consequências, tempo e espaço. Esta concepção se define a partir da mentalidade oriunda das ideias filosóficas que nortearam a Revolução Francesa de 1789. Toma corpo com a discussão dialética (de Hegel e Karl Marx) do século XIX e se consolida com as teses de Leopold Von Ranke, "Positivismo Histórico" (que não é relacionado ao positivismo político de Augusto Comte) e posteriormente com o surgimento da Escola dos Annales, no começo do século XX.
História dos Annales (Escola dos Annales) - Os historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram em 1929 uma revista de estudos, a "Annales d'histoire économique et sociale", onde rompiam decididamente com o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, o quotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social são elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade.
Surgindo ainda o movimento da Nova História Crítica (livros didáticos de Mario Schmitt  com uma linha ideológica marxista) e da Nova História (é corrente historiográfica surgida nos anos 1970 e correspondente à terceira geração da chamada Escola dos Annales.[1] Seu nome derivou da publicação da obra "Fazer a História", em três volumes,[2] organizada pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nora).
Ela, a HISTÓRIA é muito bem relacionada, a moda, economia, ciências, literatura, pintura, escultura, agricultura, arquitetura, o HOMEM, todos estão RELACIONADOS com ela de uma forma interligada, como afirma Gaddis (2003), “o estabelecimento da identidade requer o reconhecimento de nossa relativa insignificância no grande esquema das coisas”. A construção de identidades pessoais e sociais está relacionada à memória, já que tanto no plano individual quanto no coletivo ela permite que cada geração estabeleça vínculos com as gerações anteriores. Os indivíduos, assim como as sociedades, procuram preservar o passado como um guia que serve de orientação para enfrentar as incertezas do presente e do futuro.
O ensino de história local apresenta-se como um ponto de partida para a aprendizagem histórica, pela possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre educador / educando / sociedade e o meio em que vivem e atuam.
Nessa perspectiva, o ensino-aprendizagem da História configura-se como um espaço-tempo de reflexão crítica acerca da realidade social e, sobretudo, referência para o processo de construção das identidades destes sujeitos e de seus grupos de pertença. 
O ensino de História ganha significado e importância no ensino fundamental, exatamente pela possibilidade de introduzir a formação de um raciocínio de história que contemple não só indivíduo, mas a coletividade, apresentado as relações sociais que ali se estabelecem na realidade mais próxima.
A História possibilita a compreensão do entorno do aluno, identificando passado e presente nos vários espaços de convivência. Essa temática permite que o professor parta das histórias individuais e dos grupos, inserindo o aluno em contextos mais amplos[17].
Conforme  Georges Snyders (1995)[18]:
O ensino de História pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturais, valores e com gerações passadas e futuras.

Já o historiador Jacques Le Goff afirma que “A memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade individual e coletiva”[19].
O ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes, o que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais as que se constituem como nacionais.
Dentro dessa perspectiva, o ensino de História tende a desempenhar um papel mais relevante na formação da cidadania, envolvendo a reflexão sobre a atuação do indivíduo em suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo.


Divisão “didática” da História da Humanidade[20]:
História




O que nós faremos  é uma retomada dos conteúdos já vistos (6º ao 9º anos), surgimento dos seres humanos, povoamento dos continentes, surgimento das novas técnicas e tecnologias de produção de alimentos e defesa, primeiras comunidades organizadas, leis, religiões, produção cultural e material, legado para a cultura Ocidental Moderna. Então quase na ordem como na sequencia abaixo:


1. A Teoria da História
1.1. Conceito Científico de História;
1.2. Divisão da História;
1.3. Evolução do Pensamento historiográfico: da Grécia à atualidade;
 1.4. Disciplinas Auxiliares da História;
 1.5. Conceito de Modo de Produção;
1.6. O Homem em Comunidades Primitivas;
1.7. Ocupação dos Continentes;
 2. O Mundo Antigo
 2.1. A África;
2.1.1 Egito;
2.1.2 Cuxitas;
2.1.3 Núbios;
2.1.4. Povos do Saara;
2.2. Mesopotâmia;
2.3. Pérsia;
2.4. Hebreus;
 2.5. Fenícios.
2.6 Maias, Incas, Astecas, Olmecas, Iroqueses, Inuits, Apaches, Guaranis e Tupis;
3. O Mundo Asiático
3.1. Índia;
 3.2. China;
3.3. Japão.
4. O Mundo Grego
4.1. Creta;
 4.2. Período Homérico;
4.3. Arcaico;
4.4. Período Clássico;
4.5. Hegemonia das Polis;
4.6. Macedônicos;
 4.7. Helenismo.
5. O Mundo Romano
 5.1. Monarquia, República, Principado e Império;
 5.2. Declínio e Queda do Império Romano;
5.3. Cristianismo; 5.4. Reinos Bárbaros;
5.5. Império Bizantino.
6. O Mundo Medieval
 6.1. Império Bizantino;
6.2. Islamismo;
6.3. Império Carolíngio;
 6.4. O Modo de Produção Feudal;
6.5. Feudalismo Europeu;
6.6. Cultura e Mentalidade do Mundo Feudal;
6.7. As Cruzadas;
6.8. Renascimento Comercial e Urbano do Sistema Feudal.



[5] https://www.mundodosanimais.pt/animais-pre-historicos/dinossauros-quando-onde-surgiram/
[6] http://www.avph.com.br/triassico.htm
[8] https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-2-o-surgimento-do-ser-humano-e-os-periodos-pre-historicos.htm
[9] No livro História Ensino Médio 1º ano Ser Protagonista Editora SM.2013 (páginas 12 até 21)
[10] https://www.youtube.com/watch?v=jekZ-4bFhts
[11] A primeira periodização foi formulada pelo dinamarquês Christian Thomsen, num livro publicado em 1836. Segundo ele, a Pré-história se dividida em: idade da Pedra Lascada, idade da Pedra Polida, idade do Bronze e idade do Ferro. Vídeos da coleção https://www.youtube.com/watch?v=39ulvgmuVnI
[12] Aproveitem para curtir nos finais de semana: A Guerra do Fogo,  10.000 a.C., A Origem do Homem, Moisés, Faraó, Reis do Egito, Deuses do Egito, 10 Mandamentos, Rei Davi, Troia, Argonautas, Odisseia, Hercules, Helena de Troia, Sócrates, Spartacus, Bem-Hur, O Gladiador, A Águia Perdida, Rei Arthur, Cruzada, 13º Guerreiro, O Físico, O Nome da Rosa,
[13] Conforme texto que vem sendo elaborado para a base nacional de conteúdos disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/relatorios-analiticos/pareceres/Marcelo_de_Souza_Magalhaes_HISTORIA.pdf
[15] História (do grego antigo ἱστορία)
[16] Estas concepções resumimos de https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria (acessado dia 06 de fevereiro)

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