HISTÓRIA DA GRÉCIA ANTIGA:
1- INTRODUÇÃO:
O QUE SABEMOS SOBRE OS GREGOS (debate e anotação)?
Alfabeto, democracia, voto, literatura, teatro, olímpiadas,
deuses, esculturas, cidades, filosofia, história, matemática, filmografia fantástica
(300, Tróia, e outros).
Até o momento trabalhamos juntando os “tijolinhos” as pequenas
contribuições de cada povo da antiguidade. Caberá aos gregos e romanos
doravante montar o quebra-cabeça das sociedades modernas unindo e mesclando
toda a cultura de nosso passado e preparando o nosso futuro.
De forma direta ou indireta somos o produto, a soma das culturas
antigas foi realizada pelo povo grego antigo, nossa forma de pensar, agir,
pintar, sonhar e rir tem matriz antiga, inclusive estes sinais que agora uso
para transmitir esta mensagem é parte fruto da sociedade grega antiga.
KALIMÉRA.
2- ORIGEM DO “MUNDO GREGO”:
Usa-se a expressão “mundo”
por que todos que não falam grego serão considerados bárbaros... (Egito,
Fenícios, Persas, etc...).
Mas nós falamos grego, veja algumas palavras e diga se é ou não
verdade:
ACRÓPOLE:
ÁPELA:
ARCAICO;
BASILEU
BIBLIA
BULÉ
CALOI
CLÁSSICO;
CRETENSES;
DEMOCRACIA:
ECLÉSIA:
ÉFOROS:
ESPARCIATAS:
ESTRATEGOS:
EUPÁTRIDAS:
GERÚSIA:
HELENÍSTICO;
HILOTAS:
“HOMÉRICO”;
HOPLITAS
IDIOTA
ILIADA
ISONOMIA:
MAGO
METECOS:
MICENICOS;
NIKE
ODISSÉIA
OSTRACISMO
PERIECOS:
PÓLIS.
3- Cronologia da Grécia Antiga
Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C: época de ocupação do território
da Grécia. Desenvolvimento das civilizações Micênica e Cretense. Invasão dos
Dórios no final deste período, provocando a dispersão dos povos da região e
ruralização.
Homérico - entre 1.100 e 700 a.C.: conclusão do processo de ruralização das comunidades gentílicas. Nos genos
havia a coletivização da produção e dos bens. No final deste período, com o
crescimento populacional, ocorreu a desintegração dos genos.
Período Arcaico - entre 700 e 500 a.C.: surgimento das pólis (cidades-estados) e a formação
de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste
período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o
alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.
O Período Clássico - entre 500 e 338
a.C.: época de grande desenvolvimento econômico,
cultural, social e político da Grécia Antiga. Época de grande fortalecimento
das cidades-estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e
Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos como, por
exemplo, as Guerras Médicas (entre gregos e persas no século V). Ocorreu
também, neste período, a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta). 338
a.C. Filipe domina toda a Grécia.
O Helenístico - entre 338 e 146 a.C.: Os gregos da antiguidade chamavam a si próprios de helenos (todos que falavam grego, mesmo que não vivessem
na Grécia), e davam o nome de Hélade à sua terra. Os que não falavam a
língua grega eram chamados de bárbaros. Durante a antiguidade, nunca chegaram a formar um
governo nacional, ainda que estivessem unidos pela mesma cultura, religião e língua.
Este período é o definido pelo enfraquecimento militar grego e a submissão
à Macedônia na região. Já entre os anos 336-323
a.C. Alexandre o Grande, filho de
Filipe, expande o império grego até o Oriente Médio). A cultura grega é adotada
pelos conquistadores e espalha-se com
eles pela região, fundindo-se com outras culturas locais dominadas (helenismo).
4-
As Cidades-estados
O termo cidade-Estado designa regiões controladas
exclusivamente por uma cidade. Cidades-Estados eram comuns na Antiguidade,
principalmente na Grécia Antiga, assim como foram as cidades-estado dos Fenícios
e da mesopotâmia diferenciando dos demais povos o fato de possuírem uma língua
e cultura comum no geral.
As mais conhecidas são Atenas e Esparta, mas
estas foram algumas, existiram várias outras como Tebas, Micenas, Corinto,
Delfos, Eritréia, Olímpia, Biblos, Creta, Calcis, Lesbos... . É estimado que seu
número tenha chegado a mais de mil no século IV a.C.
5-
RELIGIÃO
A designação 'religião grega antiga' abrange o grupo de crenças e
rituais praticados na Grécia Antiga tanto
na forma de religião pública popular como nas prática de culto. Estes
grupos eram tão variados que alguns autores falam de "religiões" ou
"cultos gregos", embora a maior parte deles partilha semelhanças.
Os gregos reconheciam quatorze
principais divindades, ou seja, eles eram politeístas. Existia hierarquia de poder
e antiguidade entre eles: Zeus, Poseidon, Hades, Apolo, Ártemis, Afrodite, Ares, Dioniso, Hefesto, Atena, Hermes, Deméter, Héstia e Hera.
Cada cidade venerava diferentes
divindades, por vezes com epítetos que
especificavam sua natureza local.
As práticas religiosas dos gregos se estendiam além da Grécia
continental, até as ilhas e o litoral da Jônia,
na Ásia Menor,
até a Magna Grécia (Sicília e Itália Meridional), e nas diversas colônias gregas por todo o Mediterrâneo Ocidental, tais como Massília (Marselha).
A religião e cultura grega
influenciaram os cultos e crenças dos etruscos, que contribuíram
formando a posterior religião romana antiga.
A prática religiosa na Grécia consistia no
sacrifício de animais domésticos no altar, em meio a cânticos e orações. Partes
do animal eram então colocadas no fogo, para os deuses; e os participantes
comiam o resto.
Os antigos gregos acreditavam num submundo para
onde os espíritos/almas dos mortos iriam após a morte. Caso nunca
fosse realizado um funeral em honra ao morto, acreditavam que o espírito do
morto nunca chegaria ao submundo, e permaneceria assombrando o mundo, como
um fantasma,
para sempre. A principal área deste mundo inferior era conhecido como Hades. O outro reino, chama-se Tártaro, era o local para os amaldiçoados,
um local repleto de tormentos e o terceiro reino, o Elísio, era um local agradável onde os
mortos virtuosos quase um paraíso.
Importantíssimo ressaltar que as divindades gregas possuíam todas às
virtudes e defeitos morais que os humanos, apaixonavam-se, zangavam-se, sentiam
ciúmes, etc.
É fundamental entender as explicações (mitos) para os deuses e heróis gregos (as fontes são os poetas e
filósofos gregos).
6- OS MITOS:
A religião grega tinha uma grande mitologia, que consistia
em sua maior parte das histórias dos deuses e de como eles afetaram os humanos
na Terra. Os mitos frequentemente giravam em torno de herois e seus atos. Os
mitos narravam histórias fantásticas de heróis, filhos das divindades com
humanos que realizavam grandes feitos merecendo ser adorados e compartilhas as
graças dos deuses e a vida eterna. Estes semi-deuses que tinham poderes
eram:
Heracles/Hércules,Tinha Super Força realizou os DOZE TRABALHOS; Áquiles Invulnerável, exceto no calcanhar; Teseu;
Jasão (Argonautas) ; Ajax; Perseu; Eneias; Belerofonte que Matou a quimera.
eram:
Heracles/Hércules,Tinha Super Força realizou os DOZE TRABALHOS; Áquiles Invulnerável, exceto no calcanhar; Teseu;
Jasão (Argonautas) ; Ajax; Perseu; Eneias; Belerofonte que Matou a quimera.
7- CURIOSIDADES:
Medusa: Monstro morto por Perseu. Uns cantam que ela nasceu feia e tinha
duas irmãs, outras poesias cantam que ela foi transformada por uma deusa que
tinha ciúmes de sua beleza.
Minotouro: filho da esposa do rei Minos, metade homem metade touro, morto
por Teseu no Labirinto.
Centauro: São representados como criaturas com a cabeça, braços e dorso de um humano e
no corpo e pernas de um cavalo. Filhos de Cronos são bons e os de
Ixion são maus se alimentavam de carne humana.
Moiras: Zeus era todo poderoso (pantocrator) mas, não tinha poder para
interferir no destino ( lembre do jogo God Of War).
Harpias: Criaturas aladas que ora roubavam os banquetes ora sequestravam
jovens para saciar seu apetite sexual (depende da versão).
Cerbero: cão de duas cabeças que guardava as portas do Hades.
Ciclopes: Ora gigantes de um olho só, ora dotados de vários braços, mas
sempre gigantes. Uma das lendas conta que em troca do dom de prever o futuro
deram um olho a Zeus, mas esse após aceitar o presente concedeu a eles o dom de
prever apenas um futuro, o dia em que morreriam.
E outros como o Javali de Erimanto, Hidra de Lerna, Cavalos carnívoros
do rei Halgias chegando a uma lista
de mais de 50 criaturas fantásticas.
Os cretenses
Cerca de mil anos antes da formação da sociedade grega na Ilha de
Creta, ao sul da Grécia continental uma civilização se desenvolveu. Com um intenso
comércio marítimo com Egito e com os povos vizinhos da Ásia menor os CRETENSES
forma uma sociedade de economia baseada no Comércio.
Por meio do comércio Creta estabeleceu relações com muitas ilhas
do Mar Egeu e também com a Grécia continental. Esse contato próximo influenciou a civilização que, mais tarde, nasceria nessa
área.
Possuíam uma escrita chamada pelos estudiosos de Linear A, mas que
ainda não foi decifrada, mas sabe-se que não era próxima a língua grega.
Os vestígios arqueológicos encontrados no sítio de CNOSSOS, em
Creta indicam técnicas avançadas de construção, confecção de joias, peças de
cerâmicas decoradas, pinturas e estatuetas de grande valor artístico.
Aproximadamente no entorno dos anos 1450 a.C. os aqueus invadiram
a região impondo sua língua e costumes aos
cretenses e adotando outros aspectos da cultura destes .
Durante esse processo de conquista os aqueus fundaram uma cidade
na península do Peloponeso chamada Micenas, dando origem á civilização
micênica. A escrita micênica, a Linear B, é considerada a forma mais antiga da
escrita grega.
Os micênicos eram excelentes guerreiros e dominavam avançadas
técnicas de combate.
A sociedade micênica era governada por um rei e uma elite
guerreira, que habitavam os palácios. Ao redor destes havia um espaço urbano, cercado
de muralhas, onde viviam os artesãos. Fora da muralha, havia aldeias de
camponeses, que deveriam entregar uma parte dos produtos agrícolas ao rei.
Existiam escravos, que se dedicavam à produção de tecidos.
As relações comercias dos
micênicos envolviam a Síria, Palestina, Península Itálica e a Sicília.
Por motivos ainda não definidos, essa civilização foi destruída
por volta de 122 a. C. Nesse período chegaram ao território três novos grupos: os
jónios e os eólios no continente e os dórios ao sul na península e na ilha de Creta.
Com a destruição da cultura micênica, os palácios foram
substituídos por construções mais simples. As aldeias passaram a ser
organizadas em GENOS, pequenas comunidades rurais que acreditavam ter um
antepassado comum, na maioria dos casos um herói ou até mesmo uma divindade.
Cada genos era
comandado por um chefe, sendo que o mais influente se tornava o rei da
comunidade. Ele governava auxiliado por uma assembleia de guerreiros. A vida
social e econômica baseava-se no trabalho cooperado, as terras, as colheitas e
o s rebanhos pertenciam a comunidade.
O crescimento do genos começou a dar origem, por volta do séc.
VIII a. C. outra forma de organização social e política: a Cidade-Estado,
chamada de Pólis pelos gregos.
A pólis era um centro politico independente. Tinha seu próprio
governante, exército, moeda e leis. O centro politico da polis era a ACROPOLE, formada por um conjunto
arquitetônico que reunia os templos e os prédios mais importantes. A Ácropole
era construída em um local fortificado que servia de refugio em caso de perigo.
A ágora era uma praça onde os indivíduos se reuniam para discutir
questões que afetavam a vida da comunidade e para realizar trocas comerciais.
Fora da muralha ficavam as terras agrícolas e os bosques, que também faziam
parte da polis.
Na fase inicial da pólis (séc. VIII ao VI a.C.) apenas os nobres,
proprietários de terras mais férteis, tinham direito de intervir no governo e
de ocupar os cargos administrativos. Estes nobres consideravam-se os melhores (ARISTÓI) Essa poderosa aristocracia
elegia um rei, que governava com auxilio destes nobres. Assim nessa fase havia
uma polis aristocrática, pois o poder político era controlado por um grupo bem
pequeno.
Os lotes mais produtivos da Grécia antiga estavam nas mãos da
aristocracia. Os camponeses pobres, endividados, muitas vezes perdiam suas
terras para os grandes proprietários ou se tornavam escravos.
A saída foi buscar novas terras fora da Grécia. Assim muitos
gregos empobrecidos abandonaram sua poleis e fundaram colônias na costa do mar
Mediterrâneo e do Mar Negro.
ORIGEM DA DEMOCRACIA.
Membros da própria aristocracia iniciaram reformas para ampliar a
participação política em Atenas. No início do séc. VI a.C. Sólon aboliu a escravidão por dívidas e limitou os podres dos
aristocratas. A partir de então todos os homens livres podiam participar da
Assembleia Popular a EKKLÉSIA, mas
só os ricos podiam ser eleitos governantes.
O aristocrata Clístines
(509 -507 a.C.) eliminou a divisão da sociedade de acordo com a riqueza e estabeleceu uma nova divisão segundo o
local de residência. A decisão tornava todos os cidadãos iguais perante a lei (isonomia). Esse foi o princípio da
DEMOCRACIA DE ATENAS.
· IDIOTA – quem não se interessa pelo coletivo, um cidadão que só se preocupa
com o particular (seu);
Período
|
Período
|
Características.
|
Pré-Homérico
|
2.000-1.100 a.C.
|
Penetração de povos indo-europeus na
Grécia: aqueus (2000-1 200
a.C.), eólios (1 700
a.C.) e Jônios (1 700
a.C.); Civilização Minoica continua a prosperar
(3000 - 1 400 a.C.) e a Civilização Micênica é formada
(1600-1 200 a.C.); dóricos
invadem a Hélade no final do período (1 200 a.C.)
|
Homérico
|
1.100-800 a.C.
|
Ruralização, ausência de escrita e
formação dos genos;
período da criação das obras de Homero,
Ilíada e Odisseia.
|
Arcaico
|
800-500 a.C.
|
Formação da pólis,
a colonização grega, o aparecimento do alfabeto fonético além de progresso
econômico com a expansão da divisão do trabalho, do comércio e da indústria.
|
Clássico ou Século de Péricles
|
500-338 a.C.
|
Bipolarização da Grécia entre Esparta
(com a Liga do Peloponeso) e Atenas (com a Liga de Delos).
Ocorrência das Guerras Médicas e da Guerra do Peloponeso, bem como da hegemonia
de Tebas no fim do período.
|
Helenístico
|
338-146 a.C.
|
Crise da pólis, conquista do Império Aquemênida e expansão
cultural helenística.
|
Ao observarmos em um mapa o território – espaço no qual viviam os antigos gregos podemos
constatar que as faixas de terra cercadas pelo mar e um grande número de ilhas.
Além disso a área é marcada pelo relevo acidentado e com poucas terras férteis.
As poucas faixas de terras propicias para a agricultura e um
litoral entrecortado com muitos portos naturais, impulsionaram o comércio
marítimo e a expansão territorial. Já as montanhas e os grandes vales
existentes no território constituíam uma barreira natural para a formação de um
Estado unificado, como era o Egito antigo. Assim o território grego estava
dividido em três regiões: Grécia continental, insular e peninsular.
De modo geral, a pólis reunia um agrupamento humano que
habitava um território cuja extensão geralmente variava entre algumas centenas
de quilômetros quadrados e 10.000 km. Compreendia uma área urbana e outra
rural. A área urbana freqüentemente se estabelecia em torno de uma colina
fortificada denominada acrópole (do grego akrós, alta e pólis, cidade).
Nessa área concentrava-se o centro comercial e a manufatura. Ali, muitos
artesãos e operários produziam tecidos, roupas, sandálias, armas, ferramentas,
artigos em cerâmica e vidro.
Na área rural a população dedicava-se às atividades agropastoris:
cultivo de oliveiras, videiras, trigo, cevada e
criação de rebanhos de cabras, ovelhas, porcos e cavalos. Este
agrupamento visava atingir e manter uma completa autonomia política e social
para com as outras pólis gregas, embora existisse muito
comércio e divisão de trabalho entre as cidade gregas. É estimado que Atenas
importava 2/3 à 3/4 de seus alimentos e exportava azeite, chumbo, prata, bronze, cerâmica
e vinho.
A maioria das cidades gregas eram pequenas, com populações de
aproximadamente 20 mil habitantes ou menos na sua área urbana. Contudo, as
principais cidades eram bem maiores, no século IV a.C., estando entre elas
Atenas, com estimados 170 mil habitantes, Siracusa com
aproximadamente 125 mil habitantes e Esparta com apenas 40 mil habitates.
Atenas era a maior e mais rica cidade da Grécia Antiga durante os
séculos V e IV a.C.
LIGA DE DELOS: lideres políticos, de Atenas organizaram uma
aliança onde as cidades deveriam
contribuir com navios, homens e dinheiro e o tesouro ficaria guardado na ilha
de Delos. Atenas acabou enriquecendo e se modernizando.
As guerras contra não
gregos:
As guerras greco-pérsicas ou
guerras médicas como ficaram conhecidas tiveram como motivo principal a
ascensão econômica das cidades-Estados da Grécia e a disputa por rotas
comercias, mercados e matérias-primas entre os gregos e os persas.
O primeiro a tentar vencer os gregos foi Dario I, foi derrotado em 490
a.C (Batalha de Maratona)
Depois seu filho Xerxes tentou e foi derrotado na batalha naval de Salamina (480 a.C.)
GREGOS X GREGOS
Apesar de as cidades gregas se
reconhecerem como helenos, cada uma dispunha de um governo próprio, cultura,
economia, aspectos particulares da vida de seus cidadãos e inclusive disputas
politicas e ou econômicas entre elas. Estas disputas quando das guerras médicas
quase levou a derrota e com a vitória liderada por Atenas e sua primazia entre
as demais cidades despertou sentimentos de oposição de outras cidades lideradas
por Esparta. Da mesma forma que entre irmãos sempre um deseja se sobressair ao
outro as cidades gregas também sofriam deste mal.
Estes conflitos terão como consequência direta o enfraquecimento de
Atenas e o comprometimento de todas as cidades gregas que não terão forças
militares ou econômica para resistir a um povo vizinho que tem um rei com
aspirações imperialistas, (Felipe da Macedônia) e que faz parte do mesmo grupo
populacional que os gregos.
Analisemos as principais características das duas cidades principais:
ESPARTA
|
ATENAS
|
|
POLITICA
|
A Constituição de Esparta, segundo a tradição, foi escrita por um
legislador chamado Licurgo;
- o governo da cidade era composto pelos seguintes órgãos: - Diarquia:
dois reis hereditários:
Gerúsia: Conselho de Anciões, formado por 28 membros vitalícios, com
mais de 60 anos
Apela: Assembleia dos Cidadãos. Dela só participavam espartanos com, no
mínimo, 30 anos.
Eforato: grupo formado por cindo éforos, eleitos por um ano pela apela.
|
Inicialmente, o governo da cidade era exercido por um rei, que era ao
mesmo tempo chefe militar, juiz e sacerdote, e cujo poder era limitado por um
Conselho de Nobres.
Pouco a pouco, a nobreza, foi concentrando enormes riquezas em suas
mãos, o que lhe permitiu praticamente anular o poder do rei.
O governo da cidade passou a ser exercido pelo Arcontado, um conjunto de magistrados escolhidos pelos eupátridas de maior prestígio. Atenas deixava de ser uma monarquia e passava a ser uma oligarquia. Por meio de uma série de reformas aplicadas à cidade de Atenas a partir do século 508 a.C., Clístenes criou um regime que ficou conhecido como democracia. Deixando a sim a oligarquia para a democracia, ou seja, o poder na mão do povo. |
SOCIDEADE
|
Localizava-se no interior do Peloponeso, estavam sempre mobilizados
para a guerra.
Para manter o domínio sobre as populações e as terras conquistadas, as
primeiras gerações de espartanos decidiram que a sua sociedade ficaria
dividida em três camadas:
Espartanos: eram descendentes dos dórios, apesar de constituírem uma minoria, eram os únicos a ter direitos políticos. Periecos: Eram na sua maioria descendentes dos aqueus. Dedicavam-se principalmente ao comércio e ao artesanato. Hilotas: descendiam dos messênios e de outros povos conquistados. Eram escravos pertencentes ao Estado e cultivavam as terras dos espartanos. |
Na Península da Ática, voltada para o mar Egeu, era uma cidade de
navegadores, agricultores, filósofos, estadistas, poetas e artistas.
A sociedade ateniense dessa época era formada pelos eupátridas
(grandes proprietários de terá), georgói (pequenos proprietários) e demiurgos
(artesões especializados).
Existiam ainda os assalariados e um reduzido número de escravos que trabalhavam nas propriedades dos eupátridas.
- cidadãos:
gregos proprietários, comerciantes, artesãos, etc.
- Metecos: estrangeiros
livres mas sem direitos;
- Escravos.
|
ECONOMIA
|
A principal atividade econômica de Esparta era a agricultura
fundamentada na exploração dos Hilotas.
A prática de comércio esteve bastante restrita em virtude do difícil acesso
ao mar. Além do que a própria fertilidade do solo espartano, que parece mais
produtiva do que outras regiões do território grego, permitiram que seus
habitantes garantissem seu sustento sem a necessidade de realizarem
importações.
|
A base da economia consistia na agricultura fundamentada em um regime
escravocrata, ou seja, a mão-de-obra escrava sustentava a produção. As
atividades comerciais também faziam parte da economia ateniense, sobretudo a
partir do processo de colonização, quando a cidade se torna um grande centro
comercial.
|
EDUCAÇÃO
|
Tinha como objetivo cada
individuo em um nível de perfeição física coragem e hábitos de obediência {
leis que o tonasse um soldado ideal e uma boa mãe (filhos fortes e saudáveis)
- Até os 7 o menino ficava
com a mãe depois ficava em casernas públicas
|
Objetivo era formação
completa do homem, física, intelectual e artística.
Até os 7 fica com a
família, amas e ou escravos, depois era entregue ao pedagogo (escravo) o menino frequentava dois tipo de escola: de
música e ginástica.
|
Cultura
Os gregos tinham conflitos e diferenças entre si, mas muitos elementos
culturais em comum. Falavam a mesma língua (apesar dos diferentes dialetos e
sotaques) e tinham religião comum, que se manifestava na
crença nos mesmos deuses. Em função disso, reconheciam-se como helenos (gregos) e chamavam de bárbaros os
estrangeiros que não falavam sua língua e não tinham seus costumes, ou seja, os
povos que não pertenciam ao mundo grego (Hélade).
Grandes nomes como arquitetos e escultores são Ictinos, Calícarates e
Fídias. Além destes temos Praxíteles e Míron.
No Teatro nomes como Ésquilo (Prometeu Acorrentado e Os Persas)
Euripedes ( Medeia e Andrômaca) e Aristófanes que era comediante (As rãs e Os
Cavaleiros). Um autor ainda hoje celebrado foi Sófocles (Édipo Rei e Electra)
entre outras peças estas tornaram-se tema de psicanálise e novela, tal o
alcance dos textos.
E finalmente se hoje estudamos este conteúdo é graças a dois gregos que
viveram no século V a.C. Heródoto e Tucídides. O primeiro conhecido como o “pai
da História”, e pela frase sobre o Egito ser “Uma dádiva do Nilo”. E o segundo
pois buscava explicações racionais para a história humana enquanto que o
primeiro, Heródoto, justificava a História como vontade dos deuses ou da
natureza.
A Filosofia
Ela nasceu na Grécia antiga por volta do séc. VI a.C. promovendo o
pensamento racional, a razão. a palavra significa literalmente amor à sabedoria
(filo + sofia).
Aristóteles 384-322
Sócrates 469-399 (morreu após ingerir veneno)
Platão 427-347
Medicina
O estudioso Hipócrates de Cós 460-377 a.C. procurava conhecer os sintomas
que identificavam as doenças e “ e o texto é considerado o “pai da medicina” e
o texto escrito por ele é o juramento ético feito pelos médicos ainda hoje.
Educação ateniense
Em Atenas, apesar das mulheres também serem educadas para as tarefas de
mãe e esposa, a educação era tratada de outra forma, pois até mesmo nas classes
mais pobres da sociedade ateniense encontrava-se homens alfabetizados. Eles
eram instruídos para cuidarem não só da mente como também do corpo, o que lhes
dava vantagem na hora da guerra, pois eram tão bons guerreiros quanto eram
estrategistas.
Os meninos, quando ainda pequenos - aos sete anos de idade -,
já começavam suas instruções na escola e em suas próprias casas. O Pedagogo -
um escravo especial - eram escolhidos a orientá-los. Antigos poetas como Homero eram
citados em suas aprendizagens.
Jogos Olímpicos
Um exemplo de atividade cultural comum entre os gregos foram os Jogos
Olímpicos. A partir de 776 a.C., de quatro em quatro anos, os gregos das
mais diversas cidades reuniam-se em Olímpia (uma cidade-estado) para
a realização de um festival de competições. Esse festival ficou conhecido
como Jogos Olímpicos.
Os jogos olímpicos eram realizados em homenagem à Zeus (o mais importante
deus grego) e incluíam provas de diversas modalidades esportivas: corridas,
saltos, arremesso de disco, lutas corporais. alem disso haviam também competições musicais e poética.
Os Jogos eram anunciados por todo o mundo grego dez meses antes de sua
realização. Os gregos atribuíam tamanha importância a essas competições que
chegavam a interromper guerras entre cidades (trégua sagrada) para não
prejudicar a realização dos jogos. Pessoas dos lugares mais distantes iam a Olímpia
a fim de assistir aos jogos. Havia, entretanto, proibição à participação das
mulheres, seja como esportistas, seja como espectadoras.
Arte
Um dos mais expressivos monumentos do
período antigo é o Partenon, construído entre 447 e 438 a.C. na acrópole da cidade de Atenas, e dedicado à padroeira da
cidade. A construção foi projetada pelo arquiteto Calícrates, e é comandada
por Fidias.
Suas linhas arquitetônicas serviram de inspiração para a construção de muitos
outros edifícios em todo o mundo.
Religião
Os gregos praticavam um culto politeísta antropomórfico, em que os
deuses poderiam se envolver em aventuras fantásticas, tendo, também, a
participação de heróis como Hercules, Teseu, Édipo, Perseu, que eram considerados divinos. Não havia dogmas e os deuses possuíam tanto
virtudes quanto defeitos, o que os assemelhava aos mortais no aspecto de
personalidade. Para relatar os feitos dos deuses e dos heróis, os gregos
criaram uma rica mitologia.
Normalmente, as cerimônias públicas, mesmo de cunho político, eram
antecedidas por práticas religiosas, o que reflete a importância da religiã entre
os gregos antigos. Mas essa religião foi superada pela filosofia.
Apesar da autonomia política das cidades-estados, os gregos estavam
unificados em termos religiosos. Entre as divindades cultuadas estavam: Zeus (senhor dos
deuses e céus), Hades (deus
do mundo inferior), Deméter (deusa da agricultura), Posseidon (deus
dos mares),Afrodite (deusa
do amor e beleza), Apolo (deus
do sol e das artes), Dionísio (deus do vinho), Atena (deusa da
sabedoria e estratégia em batalha), Ártemis (deusa
da caça e da lua), Hermes (deus
dos ladroes e das comunicações), Hera (protetora das
mulheres e deusa do casamento) e muitas outras.
Além dos grandes santuários como os de Delfos, Olímpia e Epidauro,
havia os oráculos que também recebiam grandes multidões, pois lá
se acreditava receber mensagens diretamente dos deuses. Um exemplo claro estava
no Oráculo de Delfos, onde uma pitonisa
(sacerdotisa do templo de Apolo) entrava em transe e pronunciava palavras sem
nexo que eram interpretadas pelos sacerdotes, revelando o futuro dos
peregrinos.
Legado da Grécia Antiga
A cultura da Grécia Antiga é considerada a base da cultura da
civilização ocidental moderna. A cultura grega exerceu poderosa
influência sobre os romanos (estruscos), que se encarregaram de repassá-la a diversas partes
da Europa.
A civilização grega antiga teve influência na linguagem, na pliticia, no sistema de ensino, na filosofia, ciências, tecnolgias, arte, aruitetura moderna e no Período do Renascimento na Europa Ocidenta e durante os períodos neoclássicos dos séculso XVIII e XIX.
Criação de conceitos como cidadania e democracia são
gregos, ou pelo menos de pleno desenvolvimento na mão dos gregos. Qualquer
história da Grécia Antiga requer cautela na consulta a fontes. Os historiadores
e escritores políticos cujos trabalhos sobreviveram ao tempo eram, em sua
maioria, atenienses ou
pró-atenienses, e todos conservadores. Por isso se conhece melhor a história de
Atenas do que a história das outras cidades; além disso, esses homens
concentraram seus trabalhos mais em aspectos políticos (militares e diplomáticos,
desdobramentos daqueles), ignorando o que veio a se conhecer modernamente por
história econômica e social.
Da mesma forma, considerar Esparta uma sociedade Militarista e opressora
é complicado, pois dentre todas as
cidades gregas em Esparta era o local onde as mulheres possuíam maior
participação politica e social tendo em vista que o papel dos maridos era a guerra
cabendo a elas decidir sobre a sua casa e seus escravos.
Toda a história da Grécia antiga
precisa dar atenção à condução parcial pelas fontes.
8- REFERÊNCIAS
Vicentino, Cláudio & Dorigo, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. 1, São Paulo: Editora Scipione, 2012.
Schmidt, Mario. Nova História Critica da 5ª série. São Paulo: Editora Nova Geração,
2001.
Cotrim, Gilberto & Rodrigues, Jaime. Saber e Fazer História. 6º ano, São Paulo: Editora Saraiva 2009.
Braick, Patrícia Ramos. Estudar História: das origens do homem à
era digital. São Paulo: Editora Moderna,1ª edição.2012.
Piletti, Nelson & Claudino. História
e Vida Integrada. São Paulo: Editora Ática, 1ª edição, 2002.
DOCUMENTÁRIOS SOBRE A GRÉCIA:
(PARTE ÚNICA) http://www.youtube.com/watch?v=WzevZqG83HM
Documentário sobre a Guerra de Tróia
(PARTE I) http://www.youtube.com/watch?v=51WDXddnnlE
(PARTE II) http://www.youtube.com/watch?v=J-ncLlV267o&feature=related
(PARTE III) http://www.youtube.com/watch?v=DlxYaXpf3vI&feature=related
(PARTE IV) http://www.youtube.com/watch?v=BvTx5EeBNYw&feature=related
(PARTE V) http://www.youtube.com/watch?v=51AI5gSFCTc
(PARTE VI) http://www.youtube.com/watch?v=v8xflKLrs-4&feature=related
Documentário sobre as Guerras Médicas (Guerras Grego-pérsicas)
(PARTE ÚNICA) http://www.youtube.com/watch?v=JsbQOAepzas&feature=related
(PARTE II) http://www.youtube.com/watch?v=J-ncLlV267o&feature=related
(PARTE III) http://www.youtube.com/watch?v=DlxYaXpf3vI&feature=related
(PARTE IV) http://www.youtube.com/watch?v=BvTx5EeBNYw&feature=related
(PARTE V) http://www.youtube.com/watch?v=51AI5gSFCTc
(PARTE VI) http://www.youtube.com/watch?v=v8xflKLrs-4&feature=related
Documentário sobre as Guerras Médicas (Guerras Grego-pérsicas)
(PARTE ÚNICA) http://www.youtube.com/watch?v=JsbQOAepzas&feature=related
Documentário sobre a Acrópole
(PARTE I) http://www.youtube.com/watch?v=DH869Q7oq6Y&feature=related
(PARTE II) http://www.youtube.com/watch?v=TJRy6iJswik
(PARTE III) http://www.youtube.com/watch?v=H7AgKmlXOpA
(PARTE IV) http://www.youtube.com/watch?v=vnxl7Bs256o&feature=related
(PARTE V) http://www.youtube.com/watch?v=6gMW5vQsS0A&feature=related
Documentário sobre Mitologia
(PARTE II) http://www.youtube.com/watch?v=TJRy6iJswik
(PARTE III) http://www.youtube.com/watch?v=H7AgKmlXOpA
(PARTE IV) http://www.youtube.com/watch?v=vnxl7Bs256o&feature=related
(PARTE V) http://www.youtube.com/watch?v=6gMW5vQsS0A&feature=related
Documentário sobre Mitologia
Documentário sobre Império Macedônico e Helenismo
(PARTE I) http://www.youtube.com/watch?v=aX1kSxMHHco
(PARTE II) http://www.youtube.com/watch?v=vwjtNkvVk8I&feature=related
(PARTE III) http://www.youtube.com/watch?v=Oe9qA6cQFqo&feature=related
(PARTE IV) http://www.youtube.com/watch?v=lKHFnPJvVx4&feature=related
(PARTE V) http://www.youtube.com/watch?v=TNQY9cy93Vo&feature=related
(PARTE II) http://www.youtube.com/watch?v=vwjtNkvVk8I&feature=related
(PARTE III) http://www.youtube.com/watch?v=Oe9qA6cQFqo&feature=related
(PARTE IV) http://www.youtube.com/watch?v=lKHFnPJvVx4&feature=related
(PARTE V) http://www.youtube.com/watch?v=TNQY9cy93Vo&feature=related
Livros sobre a Grécia Antiga
A Grécia Antiga
Autor: Nicholson, Robert
Editora: Loyola
Autor: Nicholson, Robert
Editora: Loyola
Grécia Antiga - Coleção Histórias
Ilustradas
Autor: Cartledge, Paul
Editora: Ediouro
Autor: Cartledge, Paul
Editora: Ediouro
Contos e Lendas dos Heróis da Grécia
Antiga
Autor: Grenier, Christian
Editora: Companhia das Letras
Autor: Grenier, Christian
Editora: Companhia das Letras
A Guerra do Peloponeso - Novas
Perspectivas Sobre o Mais Trágico Confronto da Grécia Antiga
Autor: Kagan, Donald
Editora: Record
Autor: Kagan, Donald
Editora: Record
Mito e Tragédia na Grécia Antiga
Autor: Vernant, Jean-pierre; Vidal-naquet, Pierre
Editora: Perspectiva
Autor: Vernant, Jean-pierre; Vidal-naquet, Pierre
Editora: Perspectiva
Os Jogos Olimpicos na Grécia Antiga
Autor: Godoy, Lauret
Editora: Nova Alexandria
Autor: Godoy, Lauret
Editora: Nova Alexandria
Amor, Sexo & Casamento na Grécia
Antiga
Autor: Vrissimtzis, Nikos A.
Editora: Odysseus
Autor: Vrissimtzis, Nikos A.
Editora: Odysseus
Leis da Grécia Antiga
Autor: Arnaoutoglou, Ilias
Editora: Odysseus
Autor: Arnaoutoglou, Ilias
Editora: Odysseus
Mito e Sociedade na Grécia Antiga
Autor: Vernant, Jean-pierre
Editora: José Olympio
Autor: Vernant, Jean-pierre
Editora: José Olympio
Contos e Lendas da Mitologia Grega
Autor: Pouzadoux, Claude
Editora: Cia das Letras
Autor: Pouzadoux, Claude
Editora: Cia das Letras
Heróis , Deuses e Monstros da
Mitologia Grega
Autor: Evslin, Bernard
Editora: Arx
Autor: Evslin, Bernard
Editora: Arx
Mitologia Grega e Romana
Autor: Commelin, P
Editora: Wmf Martins Fontes
Autor: Commelin, P
Editora: Wmf Martins Fontes
Dicionário da Civilização Grega
Autor: Mosse, Claude
Editora: Jorge Zahar
Autor: Mosse, Claude
Editora: Jorge Zahar
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