Quanto mais eu leio, estudo, penso,
reflito, mais forte fica a opinião de que Pensar o Ensino deveria ser uma
tarefa de Professores de sala de aula, nada de políticos, pedagogos, demagogos,
sociólogos, ou outra categoria. Pessoas que Trabalham nas salas de aula deste
País, que sentem a realidade e o desespero de trabalhar em salas deterioradas,
com muitos alunos, com muitas turmas e pouco incentivo.
Estes seriam pessoas que pensariam a NOSSA educação e não olhariam
lá pra fora para adotar modelos alienígenas para que nós usemos. Não
chegaremos, não deste modo, ao nível dos países Europeus ou Asiáticos
simplesmente copiado seus sistemas. Precisamos do NOSSO sistema, pensado e
elaborado para nossa realidade com um objetivo claro.
Este objetivo precisa ser definido. Ou educamos para que os indivíduos
sejam solidários, ecológicos, reflexivos, ativos, democráticos, questionadores
(será que é isso mesmo que os políticos querem), ou nos preparamos para buscar
o crescimento econômico que o governo tanto prega e incentiva na mídia.
Estamos à mercê de tantas leis, normas,
resoluções que nenhum professor trabalhador de 20,40 ou 60 horas tem condições
de ler e se prepara para atuar em sala de aula. O professor vai optar por algo
(o que conhece, o que lhe é mais fácil) e deixar de lado outros, ou seja vai descumprir
uma lei, determinação superior e isso influencia no seu desempenho. Nenhum
professor quer agir errado, infelizmente a realidade o obriga a optar pelo que
ele considera exeqüível.
Vejamos que professor consegue trabalhar
tudo que fica determinado em lei sobre culturas (as mais variadas no Brasil)
sobre música, artes? E ainda “Vencer” os conteúdos cobrados e exigidos por
todas as instâncias avaliativas?
Assim, penso que os professores deveriam
pensar a EDUCAÇÃO o que é IMPORTANTE ou não para os alunos brasileiros no seu
geral e em suas particularidades e pensar o material didático seria fácil,
apenas destinar os milhões que circulam em livros didáticos multicoloridos e
pasteurizados para que aqueles que sabem educar possam pensar e a educação e
produzir seu próprio material de trabalho.
Quem sabe não seria uma saída mais econômica,
transparente, honesta e funcional para o Brasil?
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