terça-feira, 15 de julho de 2014

Resumo sobre a GRÉCIA

GRÉCIA ou HÉLADE um resumo
Localização e Povoamento:
A Grécia Antiga localizava-se ao sul da Península Balcânica, na bacia oriental do Mediterrâneo, e era banhada pelos mares Jônico e Egeu. A Grécia foi povoada por povos indo-europeus ou arianos (aqueus, eólios, jônios e dórios). Sua história se divide nos seguintes períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico.

Período Pré-Homérico: ( 2000 a.C a 1200 a.C)
Os aqueus foram os primeiros grupos de indo-europeu a se fixarem na Grécia. Entraram em contato com os cretenses e assimilaram a sua cultura, resultando daí o desenvolvimento da civilização Creto-Micênica.
Em 1.200 a. C, a civilização Creto-Micênica foi destruída pela invasão dos dórios. O terror provocado pela chegada dos dórios levou a retirada das populações para outras regiões no interior da Grécia. Esse processo de dispersão é denominado de Primeira Diáspora Grega.
A invasão dos dórios e a Diáspora assinalam o fim do período Pré-Homérico e o início do Período Homérico.

Período Homérico: (1200aC-800 a.C)
O estudo dessa fase da história grega se baseia nas obras do poeta grego Homero, isto é, a Ilíada e a Odisséia.
A chegada dos dórios provocou um retrocesso na organização política e social. Desta maneira, esse período foi marcado pelo aparecimento de comunidades gentílicas ou genos.
O genos era uma comunidade formada por um grupo de pessoas aparentadas por laços sanguíneos e descendentes de um mesmo antepassado. A sociedade era igualitária, e se caracterizava pela inexistência das classes sociais. A autoridade política era exercida pelo pater, o mais velho dos membros dos genos. Ao fim do período homérico, devido ao crescimento demográfico e a escassez de terras férteis, as terras coletivas foram divididas pelo pater, surgindo assim a propriedade privada da terra e as classes sociais. O surgimento da propriedade privada contribuiu para o aparecimento de uma poderosa aristocracia rural, de pequenos proprietários de terra e a uma maioria de despossuídos.
Ao mesmo tempo, ocorriam entre os genos constantes lutas, e devido a necessidade de defesa, os genos se uniram formando uma fatria, que deram origem as tribos, e posteriormente, a pólis ou cidade-estado.
Com a concentração de terras nas mãos de uma pequena parcela da sociedade, os despossuídos da propriedade de terra deixaram a Grécia e partiram em busca de terras, fundando com isso colônias no Mar mediterrâneo e no Mar Negro .(Segunda Diáspora Grega) quando os gregos fundaram como colônias, Bizâncio, Siracusa, Tarento, Nápoles, Nice, Mônaco e Marselha, dentre outras.

Período Arcaico (800 a.C -500 a.C)
No período Arcaico ocorreu a evolução das cidades-estado gregas. Dentre as cidades-estados da Grécia, merece destaque Atenas e Esparta.

Esparta
Os espartanos descendiam dos dórios. Esparta foi fundada na planície da Lacônia, situada na península do Peloponeso. Isolada pelas montanhas e sem acesso ao mar, a economia espartana se baseava principalmente na agricultura. O estado dividia as terras em lotes iguais, chamados de Kleros, que eram divididos entre os cidadãos. O cultivo deste lote de terra cabia aos escravos (hilotas). Os espartanos dedicavam-se a formação militar e não exerciam nenhuma atividade econômica.

Sociedade:
A sociedade espartana estava dividida em três classes sociais: Esparcíatas, periecos e hilotas.
Os esparcíatas formavam a aristocracia de Esparta, e monopolizavam as instituições políticas. Os periecos eram homens livres, não possuíam cidadania, e dedicavam-se principalmente ao comércio e ao artesanato. Já os hilotas, eram escravos, compunham a maioria da população de Esparta, e realizavam todos os trabalhos manuais. Segundo os espartanos, a constituição que regia a cidade-estado, foi redigida por um legislador mítico, Licurgo. Essa constituição, segundo os espartanos, não podia ser modificada, e com isso perpetuava o regime oligárquico- aristocrático, isto é, mantinha o poder dos esparcíatas.

Estrutura Política:
Diarquia: comporta por dois reis, que tinham o poder limitado.
Gerúsia: composta por 28 membros (gerontes). Faziam parte desta instituição politica, cidadãos com mais de 60 anos. Possuía o poder legislativo.
Ápela: composta por cidadão com mais de 30 anos. Sua função era aprovar ou recusar as leis propostas pela Gerúsia.
Éforos: tinha a função de controlar a Gerúsia e os reis. Eram eles que governavam de fato Esparta.
As instituições políticas acima eram governadas por espartanos de famílias influentes, o que dava ao regime um caráter oligárquico-aristocrático.

Educação: Esparta baniu as artes e as letras. A educação era voltada para o treinamento militar, e as crianças aprendiam que a sua vida individual estava subordinada aos interesses do Estado.

Atenas
Atenas foi fundada pelos jônios. Localizava-se na península da Ática, próximo ao porto do Pireu. A proximidade do mar Egeu favoreceu para que os atenienses se dedicassem ao comércio marítimo e a navegação.
Sociedade: Era composta pelas seguintes classes sociais: eupátridas, georgói, demiurgos metecos e escravos.
Os eupátridas eram grandes proprietários de terras e compunham a aristocracia. Os georgói eram pequenos proprietários, enquanto que os demiurgos dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Os eupátridas, georgói e os demiurgos eram considerados  cidadãos ateniense.
Os metecos, eram estrangeiros, não possuíam terra e não tinham direitos políticos. Os escravos eram provenientes das dívidas e principalmente das guerras. A economia ateniense baseava-se na mão-de-obra escrava. Os escravos desempenhavam os trabalhos manuais e na agricultura.

Evolução Política:
1) Monarquia: o rei era chamado de Basileu e seu poder era limitado pela aristocracia.
2)Aristocracia: Com o passar do tempo, os eupátridas tomaram o poder. O Basileu foi substituído por 9 arcontes (Arcontado). Os arcontes eram vigiados pelo Areópago ( conselho que exercia o poder legislativo)
A colonização (Segunda Diáspora Grega) desenvolveu o comércio marítimo favorecendo o enriquecimento dos demiurgos. A concorrência dos produtos importados acabou arruinando os pequenos proprietários e concentrou as terras mais ainda nas mãos da aristocracia. A escravidão por dívida e o desemprego aumentaram. Desta maneira, Atenas se deparou com uma profunda crise social, que gerou conflitos entre o povo e a aristocracia. Essa crise social provocou o surgimento dos legisladores e dos tiranos.

3) Legisladores
a) Drácon: Elaborou as leis escritas
b)Sólon: aboliu a escravidão por dívida, dividiu a sociedade ateniense em quatro classes seguindo o critério de riqueza, criou a Eclésia (Assembléia Popular) e a Bulé (Conselho dos 400).
O fracasso das realizações de Sólon provocou  revoltas populares, favorecendo a subida ao poder dos tiranos.
4) Tirania:
a) Pisístrato: Reforma Agrária, investiu na construção de obras públicas gerando empregos em Atenas.
b) Hipargo
c) Hípias.

5) Democracia:
Clístenes implantou a democracia em Atenas. Na democracia ateniense participavam somente os cidadãos, marginalizando os estrangeiros (metecos), as mulheres e os escravos. Para proteger a democracia, Clístenes criou o ostracismo, exílio de Atenas por dez anos. A democracia grega atingiu o seu apogeu no século V, no governo de Péricles.

Período Clássico (500 a.C. -338 a.C)

1)       Guerras Médicas (500 a.C-479 a.C)
Causa: O choque entre o imperialismo persa e o imperialismo grego.
Causa imediata: A invasão dos persas nas cidades gregas na Ásia Menor.
Principais batalhas: Maratona, Salamina, Termópilas, Platéia.
Vitória: gregos
Conseqüência: Os gregos dominaram o mar Egeu, e viveram um momento de apogeu econômico, político e cultural.

2) Formação da Liga de Delos: Em 477 a.C, Atenas reuniu as cidades gregas da Ásia Menor e as da Ilha do Egeu numa aliança marítima conhecida como Liga de Delos. A liderança dessa liga tornou Atenas na cidade mais poderosa da Grécia. No governo de Péricles, Atenas atingiu o seu apogeu, e em virtude das realizações de Péricles, essa fase política ficou conhecido como o “século de Péricles” ou “século de Ouro”. Entre as Realizações de Péricles estão Investimento em obras públicas ( construção do Parthenon), criação de uma remuneração para que os homens pobres participassem da administração pública (mistoforia), desenvolvimento cultural.

3) Formação da Ligas do Peloponeso: Esparta uniu-se as cidades gregas que se opunham ao imperialismo de Atenas e formou a Liga do Peloponeso.

4) Guerra do Peloponeso (431 a. C- 404 a.C)
Causa: disputa pela supremacia na Grécia entre a Liga de Delos e a Liga do Peloponeso
Vitória: Esparta.

Conseqüência: Domínio de Tebas, fragilidade da Grécia, invasão dos macedônios.

Período Helenístico
As guerras fragilizaram os gregos favorecendo a invasão dos macedônios.  Felipe II, rei dos macedônios desenvolveu uma política expansionista e militarista. Os macedônios venceram os gregos na Batalha de Queróneia. (338 a.C). Após a morte de Felipe II, o poder passou a seu filho Alexandre, O Grande, que consolidou o domínio dos macedônios sobre a Grécia.
Alexandre difundiu a cultura grega no Oriente. A fusão da cultura grega e da cultura oriental deu origem a cultura conhecida como helenismo ou helenística.